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É uma coisa densa, surpreendente e desconfortável. Não gostei, por ser muito real, mas nem por isso o livro é ruim.

Há que se separar livros ruins dos bons livros. Eu pessoalmente não gostei por que não sou muito dado a ler coisas violentas e o retrato do Brasil que Rubem Fonseca faz em "O cobrador" e nos outros contos, é verossímil demais. Em alguns momentos, achei que estava vendo o Cidade Alerta.

Parte de mim ficou incomodada com isso, mas a parte que sabe apreciar boa escrita e bons recursos, da um 10 pra esse livro.

Neste livro o Fred Reichheld, aliado ao Rob Markey, dão uma aula sobre lealdade e métricas de sucesso. Longe de quererem ser os donos da verdade e de apontarem o dedo para si próprios como os guris do sucesso, eles fazem várias análises da metodologia NPS e comprovam com muita autocrítica e exemplos reais o seu sucesso.

As dicas contidas nesse livro são surpreendentes.

A abordagem inicial sobre RPG faz um ótimo paralelo com problemas da vida e traz um passo a passo para preparar seus jogos, que pode literalmente ser usado para qualquer outra coisa.

Foi uma leitura maravilhosa.

O livro começa bem e traz ótimas ideias sendo apresentadas através do exemplo. Li muitos casos interessantes, mas notei que ele se repete um pouco quando começa a inserir Steve Jobs para todo lado.

Entendo que ele era um ótimo storyteller, talvez um dos melhores do período contemporâneo, mas seria bom usar alguns outros exemplos de força pelo menos na primeira metade do livro, para não ficar repetitivo.

Fora isso, é um ótimo livro e traz bons storytellers e suas histórias de vida, além de alguns detalhes sobre suas técnicas.

Savage Worlds é um GURPS melhorado. Gostei das mecânicas, das dinâmicas e especialmente, da ótima tradução feita pela retropunk.

Tô ansioso pra narrar a primeira mesa

Nesse livro Dostoievski me surpreendeu com uma narrativa bem construída, detalhada e rica.

Conheço livros detalhados, no entanto esse me surpreendeu. Quem diria que Ilucha teria papel tão importante? Quem diria que Katalina e Mitya teriam um momento de redenção? Discordo apenas em uma parte do narrador, mas longe de mim querer ditar algo a obra. Aliocha não é o herói aqui, talvez apenas o mais virtuoso. Acho que não há heróis entre os Karamazov.

O livro em si é muito bem escrito e a autora sabe conduzir a história num ritmo gostoso, mas faltam momentos interessantes na leitura.

É quase como ler um diário, não tem nada muito impactante e que cause aquele momento "Uau".

Posso relacionar com um livro nacional chamado "A serra dos dois meninos" e com outro chamado "Os pequenos jangadeiros". Eles são ambos para o público infanto-juvenil.

Talvez esse tenha esse objetivo também e por isso eu não tenha me satisfeito tanto com a leitura, mas não diria de forma alguma que é ruim.

Longe de trazer técnicas complicadas ou métodos milenares, o livro traz uma proposta rasa e superficial sobre a gestão do tempo.

Talvez seja esse o cerne da coisa, uma pessoa atarefada não teria tanto tempo para perder com livros muito profundos sobre gestão pessoal, então, começar de forma rasa, atacando o problema pelas beiradas talvez seja a melhor solução.

Não foi uma leitura ruim, mas eu esperava um pouco mais.

A história trazida por Mia Couto me enganou no começo, quando achei que seria só mais um livro sobre a busca de um cara por fazer as pazes com seu passado. O livro é muito mais que isso.

Tratando abertamente e nas entrelinhas de preconceitos, ditaduras, guerras civis e coloniais e até mesmo o homossexualismo do ponto de vista dos moçambicanos dos anos 50 e 60, o autor entrega um livro gostoso de se ler.

Ainda que a leitura demore um pouco a engatar e não seja exatamente uma história continuada, tem tudo para cativar o leitor mais paciente, que sabe esperar pela história e não correr atrás dela.

Esse livro me pegou pelo título, eu gostei bastante da premissa e pude aprender muitas coisas de que jamais fazia ideia sobre a economia nacional.

Cheio de gráficos, tabelas e detalhe que ilustram por que nossa situação econômica não é das melhores, o livro traz ótimos esclarecimentos que são fáceis de digerir até mesmo para um leigo como eu.

É uma leitura importante, mas não recomendo como fonte de lazer, de indignação talvez.

Vale a pena? Depende, se você quer ter assunto com colegas do trabalho e compreender em quais empresas nacionais investir seu dinheiro, faz muito sentido, agora se busca um passatempo, melhor pular.

O livro é um verdadeiro guia de revolução em hábitos e rotinas e começa de forma despretensiosa, esmiuçando os hábitos das pessoas comuns, da gente como a gente e informando-nos como o cérebro armazena essas informações repetitivas em locais, como se fossem uma espécie de BIOS, que está pronta antes mesmo do seu computador ligar.

Depois vamos aos hábitos das grandes corporações e de como elas começaram a estudar seu público em busca deles. Da pra correlacionar tudo o que lemos nesse ponto com a publicidade direcionada de antes e o big data de agora.

Por fim, ao analisar os hábitos das sociedades, o autor fecha com o chave de ouro e esclarece seus conceitos, amarrando todas as pontas e dando dicas de como usar esses hábitos ao nosso favor.

Valeu a leitura!